terça-feira, 5 de março de 2013

Intimista


"Aos olhos nus, não passava de um chuva repentina, mas aqui dentro soava como uma tempestade" 
Clarice Lispector

Ando sentindo uma coisa esquisita: há algum tempo, todas aquelas frases tocantes de Clarice, Mario e outros grandes autores vem realmente fazendo sentido. Quando eu bato o olho no texto, eu não leio o texto, eu vivo o texto. É uma coisa incrível, porque adoro esses autores de frases famosas... Sempre gostei das suas palavras, mas não era algo que me tocava tanto. E agora, simplesmente, toca. Me faz chorar, me sorrir, me faz ficar aflita. Tenho medo dessa invasão de privacidade. Esses autores,  até mesmo os que já partiram, estão sabendo mais dos meus sentimentos do que eu mesma.
Difícil né? 
Gosto um pouco dessa intimidade toda. Mas um pouco só. Espero que seja só uma fase.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Clarice, Clarice...



"Mesmo para os descrentes há a pergunta duvidosa: e depois da morte? Mesmo para os descrentes há o instante de desespero: que Deus me ajude. Neste mesmo instante estou pedindo que Deus me ajude. Estou precisando. Precisando mais do que a força humana. E estou precisando da minha própria força. Sou forte mas também sou destrutiva. Autodestrutiva. E quem é autodestrutivo também destrói os outros. Estou ferindo muita gente. E Deus tem que vir a mim, já que eu não tenho ido a Ele. Venha, Deus, venha. Mesmo que eu não mereça, venha. Ou talvez os que menos merecem precisem mais. Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. Se tanto amor dentro de mim recebi e continuo inquieta e infeliz, é porque preciso que Deus venha. Venha antes que seja tarde demais."


Clarice Lispector.


Quem nunca teve um dia inquieto, com o coração apertado?

Quem nunca clamou por um Deus? Por uma ajuda divina? 
Quem nunca clamou e depois se culpou, pensando que o teu aperto no coração é irrisório se pensar em todas as coisas que Deus tem que resolver?
Quem nunca...?
Ainda bem que a segunda-feira acabou!

:)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cruzando o Caminho do Sol


Esse livro foi especial demais pra mim. Conta a história de duas irmãs indianas que perdem seus familiares e sua estrutura devido ao tsunami. Elas estão perdidas na Índia e, através de um "amigo" da família, são sequestradas e são levadas para a triste história do tráfico de mulheres. Paralelo a isso, tem a história de um advogado americano que está passando por diversas crises... E que acaba entrando nas vidas delas.
Quis falar dele por dois motivos. O primeiro é que tô numa onda de Índia depois de ter lido os livros da série Tigres e, por mais que esse, tenha menos detalhes e seja bem mais triste... É legal conhecer mais sobre a cultura da Índia. O segundo é que esse livro foi o que me fez voltar a toda com essa história de leitura. Depois que eu entrei pra faculdade, eu meio que tinha largado os livros... Não conseguia organizar direito meu tempo e acabei arrumando outras distrações também. Mas, quando fui para a casa dos meus pais no Sul nas férias de julho, minha mãe me contou que perto da minha casa existe um lugar chamado Confraria do Livro, em que a dona (uma corretora imobiliária) comprava livros e os emprestava com um valor de aluguel (R$ 5!) por 20 dias. Fomos lá pra conhecer. É uma sala com uma baita mesa no meio, onde dá pra ti sentar e folhear e tal... E lá também acontece a cada tanto tempo, uma reunião para discutir algum livro, igual aqueles clubes de livros que a gente vê em filme. Fiquei com uma vontade de voltar a morar lá só pra poder curtir isso mais de perto. Gostaria que tivesse um clube, confraria, algo assim, aqui em Cuiabá. Ia ser ótimo. Esse livro aí eu peguei num dia, 2 dias depois tinha terminado. E me senti uma idiota por ter perdido tanto tempo assim, por ter deixado de lado uma coisa que eu sempre amei, que é a leitura.

Fica a dica pra quem gosta de um livro fácil, com uma história linda e cativante. Com certeza vai virar filme.

:)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

XIV Dalai Lama


Oito Versos que Transformam a Mente

  1. Com a determinação de alcançar
    O bem supremo em benefício de todos os seres sencientes,
    Mais preciosos do que uma jóia mágica que realiza desejos,
    Vou aprender a prezá-los e estimá-los no mais alto grau.
  2. Sempre que estiver na companhia de outras pessoas, vou aprender
    A pensar em minha pessoa como a mais insignificante dentre elas,
    E, com todo respeito, considerá-las supremas,
    Do fundo do meu coração.
  3. Em todos os meus atos, vou aprender a examinar a minha mente
    E, sempre que surgir uma emoção negativa,
    Pondo em risco a mim mesmo e aos outros,
    Vou, com firmeza, enfrentá-la e evitá-la.
  4. Vou prezar os seres que têm natureza perversa
    E aqueles sobre os quais pesam fortes negatividades e sofrimentos,
    Como se eu tivesse encontrado um tesouro precioso,
    Muito difícil de achar.
  5. Quando os outros, por inveja, maltratarem a minha pessoa,
    Ou a insultarem e caluniarem,
    Vou aprender a aceitar a derrota,
    E a eles oferecer a vitória.
  6. Quando alguém a quem ajudei com grande esperança
    Magoar ou ferir a minha pessoa, mesmo sem motivo,
    Vou aprender a ver essa outra pessoa
    Como um excelente guia espiritual.
  7. Em suma, vou aprender a oferecer a todos, sem exceção,
    Toda a ajuda e felicidade, por meios diretos e indiretos,
    E a tomar sobre mim, em sigilo,
    Todos os males e sofrimentos daqueles que foram minhas mães.
  8. Vou aprender a manter estas práticas
    Isentas das máculas das oito preocupações mundanas*,
    E, ao compreender todos os fenômenos como ilusórios,
    Serei libertado da escravidão do apego.
Texto composto por Geshe Langri Tangda. Extraído de “The Union of Bliss and Emptiness”, de autoria de Sua Santidade o XIV Dalai Lama. Este texto foi introduzido no dia 27 de Abril de 2006 por Sua Santidade o XIV Dalai Lama no Templo Zu Lai em Cotia/SP. Sua Santidade mesmo salientou que lê este texto todos os dias e recebeu esta transmissão do comentário de Kyabje Trijang Rinpoche. Lembrou ainda que deveríamos ler Lojong Tsigyema todos os dias e, assim, incrementarmos nossa prática do ideal do bodisatva"

Vi Sobre Budismo. Encaixou com que eu gostaria de me tornar.

domingo, 25 de novembro de 2012

I'm not the average girl from your video...

"I'm not the average girl from your video and I ain't built like a supermodel/But, I Learned to love myself unconditionally/Because I am a queen/I'm not the average girl from your video/My worth is not determined by the price of my clothes/No matter what I'm wearing I will always be India Arie."



Adoro India Arie. Essa música é antiga mas é linda. O importante é se amar, é o que se é por dentro...

Boa semana pra nós! E que venham as provas!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Keep Calm...


Além das provas, tô gastando um tempo absurdo lendo a série Tigres... é maravilhoso. Há algum tempo que eu não me envolvia tanto numa história...Vale a pena!! :)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quintane-se

"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará."
(QUINTANA, Mario. Meu quase-vizinho em Porto Alegre)

Triste fim. O tempo tá voando e já é fim de semestre...Cá estou me descabelando pra tentar terminar com um saldo positivo.